Advogado, Assessor Parlamentar, Cientista Jurídico, Político e Social. Instagram: @uadvogado
É difícil analisar as situações no calor do momento. É complicado encontrar explicações para os fatos enquanto os mesmos acontecem.
Hoje faz um ano que vândalos invadiram as sedes dos Três Poderes da República e lá causaram uma quebradeira. E é preciso registrar, neste pequeno texto, a minha opinião sobre o fatídico dia.
É impossível dizer se existiam infiltrados dentre aqueles que se diziam patriotas pois, pasmem, as imagens das câmeras de segurança que poderiam sustentar tal tese, não existem.
Um documento encaminhado aos integrantes da CPMI dos atos de 8 de janeiro informa que pelo menos quatro câmeras de segurança do Palácio do Planalto foram desligadas instantes após a invasão do prédio.
O documento não detalha se as câmeras foram desligadas pelos vândalos ou por integrantes do próprio GSI.
É importante lembrar que, às 16h29, duas câmeras registram imagens do ministro-chefe do GSI, general Gonçalves Dias, durante ataques de invasores no Palácio do Planalto.
Primeiro, ele se encontra sozinho no terceiro andar do palácio e, após alguns minutos, o ministro aparece caminhando pelo corredor com alguns invasores.
O que se pode concluir disso? Acredito que cada um pode ter sua própria ideia já concebida sobre o que se passou no 8 de janeiro de 2023.
Mas uma coisa é certa. Não houve tentativa de golpe. As condenações por crimes relacionadas à uma suposta tentativa de abolição ao estado democrático de direito são, a meu ver, demasiadamente severas uma vez que não houve qualquer ação que pudesse culminar com a abolição do governo eleito.
O que vimos foi um grupo desarmado de civis, que em sua maioria não tinha sequer uma passagem policial, fazer uma bagunça, quebrar e estragar prédios e bens públicos. Disso não há dúvidas, mas as punições deveriam se limitar aos atos cometidos.
Assassinos já receberam penas menores do que participantes dos atos do dia 8 de janeiro de 2023.
Há que se repensar aquilo que supomos acreditar, pois a história é escrita pelos vencedores e, ao contrário do que alegam, essa não vai ser uma história escrita com amor, mas sim com rancor daqueles que presenciaram milhares, senão milhões de brasileiros, estarrecidos com a eleição do Presidente Lula.
Eleição essa que, como estamos vendo ultimamente, foi diretamente influenciada por empresas de marketing digital e atores famosos que, sobre o pretexto de não reeleger o Presidente Bolsonaro, utilizaram-se das mesmas técnicas das quais o acusavam.
Não existe golpe de estado sem força militar. Não existe golpe de estado sem armas.
O único golpe que sofremos no dia 8 de janeiro foi um tapa na cara do cidadão honesto que sofre com a distorção da realidade e com o show de narrativas perpetradas em desfavor daqueles que “não acreditam nesse amor vendido”.
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