Saúde

Borrifação contra a Dengue: Patos de Minas recebe nova técnica do Governo Federal para o controle da doença

Técnica consiste na aplicação de inseticidas em superfícies internas de imóveis com alta circulação de pessoas.

Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

Estão sendo intensificadas as ações de combate à dengue em locais estratégicos de grande movimentação, em Patos de Minas. A medida inclui a aplicação da técnica de Borrifação Residual Intradomiciliar, que utiliza inseticidas de alta durabilidade para minimizar a presença do mosquito transmissor. Disponibilizada pelo Ministério da Saúde, a técnica consiste na aplicação de inseticidas em superfícies internas de imóveis com alta circulação de pessoas.

 

Além da Borrifação Residual, outras duas ações vêm sendo analisadas para serem implementadas pelo Governo Federal, visando o controle de arboviroses. São elas: a expansão do Método Wolbachia e as Estações Disseminadoras de Larvicidas. Tais propostas integram o Plano de Ação para Redução dos Impactos das Arboviroses, do Ministério da Saúde.

 

Em 2024, no acumulado de janeiro a 27 de dezembro, Patos de Minas contabilizou 13.645 diagnósticos confirmados de dengue, conforme o boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura. Ao todo, seis pessoas perderam a vida em decorrência da enfermidade. Por Minas Gerais, foram anotados 1,7 milhão de casos prováveis de dengue, além de 1.121 óbitos, ficando o estado com o segundo maior coeficiente de incidência do país.

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MÉTODO WOLBACHIA

 

Entre as propostas implementas pelo Governo Federal no combate à dengue, está a Wolbachia, uma bactéria presente em cerca de 60% dos insetos, inclusive em alguns mosquitos. No entanto, não é encontrada naturalmente no Aedes aegypti. Quando presente neste mosquito, a bactéria impede que os vírus da dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela se desenvolvam dentro dele.

 

O método funciona assim: mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia são liberados para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais estabelecendo, aos poucos, uma nova população dos mosquitos, todos com Wolbachia. Com o tempo, a porcentagem de mosquitos que carregam a Wolbachia aumenta, até que permaneça estável, sem a necessidade de novas liberações. Este efeito torna o método autossustentável e uma intervenção acessível a longo prazo.

 

Em relação à disseminação de larvicida, essa é uma tecnologia de controle populacional de mosquitos, que atrai as fêmeas de Aedes aegypti e Aedes albopictus até recipientes, chamados de Estações Disseminadoras de Larvicida (EDL), impregnados com larvicidas à base de reguladores de crescimento de insetos.

 

Ao pousar nas EDLs, as micropartículas do larvicida aderem ao corpo do mosquito. Como as fêmeas de Aedes visitam muitos criadouros para colocar parte dos ovos em cada um, elas disseminam o larvicida, contaminando a água desses criadouros, em um raio que entre 300 e 400 metros.

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