Se tem um produto com intensa procura nas prateleiras neste começo de ano em todo o Brasil, certamente são os repelentes, diante do quadro de epidemia de dengue que assola o país. Em Minas Gerais, então, a procura pelo item é grande, considerando que o estado está entre os que possui os mais altos números da doença, incluindo os de vidas perdidas, em decorrência da picada do mosquito Aedes aegypti.
A busca por repelentes disparou em janeiro e fevereiro deste 2024, atingindo o maior nível dos últimos cinco anos, indicam dados da Cliquefarma, ferramenta do ecossistema Afya que compara preços de medicamentos e produtos farmacêuticos no país. Pelo Grupo RD, responsável pelas drogarias Raia e Drogasil, só neste fevereiro a busca pelo item teve alta de 120% em comparação ao mês anterior.
Um outro dado atual, este apontado pela Rennova Nutriex – fabricante de itens de saúde, higiene e proteção, que vende para farmácias e lojas brasileiras – crava aumento de procura por repelentes em 400% com a alta de casos de dengue nestes primeiros meses de 2024.
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RECOMENDADO PELA ANVISA
O uso do produto é recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. Contudo, não é qualquer substância indicada para repelir os mosquitos. Para combater o mosquito da dengue, chikungunya ou zika, a Anvisa sugere o uso de repelentes regularizados pela agência que contenham alguma das três substâncias a seguir: IR3535, DEET (N-N-dietilmetatoluamida) ou Icaridina.
Até o momento, o Brasil anota 84 mortes pela dengue, segundo o Painel de Monitoramento do Ministério da Saúde, divulgado ontem, dia 14. Outras 346 estão sob análise, de forma a saber se há ou não relação com a dengue. Foram registrados, até aqui, 524.066 casos prováveis da doença no país. Em números absolutos, o Distrito Federal é a região com o maior número de óbitos confirmados: 20. Em seguida vem Minas, com 16; Paraná, com 15; e São Paulo, com 9.
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