Decisão partiu da juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça do Estado.
O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinou, na tarde desta segunda (23), a prisão do cantor sertanejo Gusttavo Lima, natural de Presidente Olegário. O decreto de prisão ocorre no âmbito da Operação Integration, que prendeu também a influenciadora e advogada Deolane Bezerra. A investigação em questão é sobre um suposto esquema de lavagem de dinheiro. A decisão de prender o cantor partiu da juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça do Estado.
Segundo informações que veiculam nos principais jornais do país, a juíza acatou pedido da Polícia Civil de Pernambuco e rejeitou argumentos do Ministério Público (MP) daquele estado. Na última sexta (20), o MP havia pedido a substituição de prisões preventivas por outras medidas cautelares. A juíza escreveu que a conexão da empresa do cantor sertanejo com “a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado”.
A juíza também apontou que “é imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima (nome de batismo de Gusttavo Lima), ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas”.
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OPERAÇÃO DEFLAGRADA NO DIA 4
A Operação Integration foi deflagrada em 4 de setembro, resultando na prisão de Deolane Bezerra e de outros investigados. Na mesma data, entre as diligências da operação, foi apreendido pela Polícia Civil de São Paulo um avião que pertencia a uma empresa do músico Gusttavo Lima, chamada Balada Eventos e Produções. A aeronave, prefixo PR-TEN, foi recolhida por policiais enquanto passava por uma manutenção no aeroporto de Jundiaí, no interior paulista.
Naquela ocasião, o advogado da Balada Eventos e Produções chegou a informar às autoridades que a aeronave havia sido vendida através de contrato, registrado junto ao Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB-Anac), para a empresa J.M.J Participações. Já a Anac informou que havia uma negociação, porém a empresa do cantor ainda constava como proprietária do avião. No dia seguinte à apreensão da aeronave, Gusttavo postou nas redes sociais dizendo que nada tinha a ver com o avião apreendido durante a operação.
Segundo apurado, o avião de Gusttavo Lima foi fabricado no ano de 2008 pela Cessna Aircraft, sendo homologado para transporte, com capacidade para 11 pessoas, incluindo uma tripulação mínima de dois pilotos, sem permissão para operação de táxi aéreo.
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