Gerais

Com 80 pontos de incêndio por dia, Minas Gerais atravessou pior mês dos últimos 13 anos

Já o país somou 68.635 focos de queimadas em agosto de 2024 (foto: Agência Brasil/Paulo Pinto)

Agosto de 2024 contabilizou 2.488 focos de incêndio anotados em Minas Gerais. Foi o número mais elevado para o mês, a contar dos últimos 13 anos, apresentando média de 80 ocorrências diárias, que exigiram a presença do Corpo de Bombeiros e brigadistas. As queimadas provocaram prejuízos no estado, com a destruição da fauna e flora, mais o empobrecimento do solo, além do fechamento temporário de rodovias e perdas de milhões em hectares de produção.

 

Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que pertence ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. O volume de focos de incêndios anotados este ano no território mineiro só foi superado em 2010, época em que foram 3.634 focos. “As queimadas causam poluição atmosférica, prejudicando a saúde de milhões de pessoas e afetando a aviação e os transportes. Também alteram ou destroem ecossistemas”, alertou o órgão.

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Abrindo a lente para o âmbito nacional, o país somou 68.635 focos de queimadas em agosto de 2024. A região centro-oeste foi a que teve mais focos de queimadas, e três estados somam 56,46% de todos os registros. Os dados são do mesmo órgão, o INPE. O resultado mostra crescimento de 144% em relação ao mesmo período de 2023, quando o Brasi teve 28.056 focos de incêndio.

 

O resultado está entre os cinco piores da história. Em 2007, o mês de agosto computou 91.085 focos de incêndio, sendo o pior desde o início dos registros do ‘Programa Queimadas’, do INPE. Entre os biomas, a região amazônica representa 55,8% dos registros, seguidos por Cerrado 27,1%, Mata Atlântica 8,8%, Pantanal 6,4%, Catinga 1.8% e Pampa, com 0,1% dos focos.

 

A região centro-oeste e norte do país lideram como as que mais registraram focos de queimadas no último agosto. No norte do país, foram 33.639 casos. No centro-oeste, 20.441 focos; seguido por sudeste, com 6.440; nordeste, 5.655; e sul, com 2.460 registros. Todas as regiões do Brasil tiveram alta no número de focos de incêndio, comparando agosto de 2023 e 2024.  

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