Advogado, Cientista Jurídico, Político e Social. Instagram: @uadvogado
Antes de mais nada, é preciso reconhecer o mérito dos que venceram. Reconhecer a vitória alheia é tão ou mais sublime que ser resiliente com a própria derrota. Mais imperioso ainda é poder observar, à distância, o funcionamento do sistema e o mérito daqueles que o operam. Foi tudo muito bem arquitetado, planejado e executado.
Nunca é fácil nadar contra uma maré, seja ela a maré de um rio ou uma maré de fanáticos.
Existem fanáticos de todos os tipos: religiosos, esportistas e políticos. Um fanático nada mais é do que um ser humano que tem a própria individualidade absorvida pela ideologia que defende, desprezando ou menosprezando a individualidade alheia. Um fanático nega aos seres humanos o direito de definir-se em seus próprios termos, como diria um certo professor por aí. Só existe amigo e inimigo.
E eu fui apresentado como inimigo do sistema, um sistema tão bem engrenado que obteve sucesso total em sua empreitada. Um sistema que uniu nove partidos e lançou 150 candidatos tão somente para reeleger os 10 que passaram essa legislatura de olhos fechados. Fica aqui a menção honrosa aos dois Zés que venceram por conta própria.
Será que todos aqueles que se candidataram foram tão facilmente seduzidos pelo sistema, ou será que o sistema os cooptou de maneira não muito democrática? Será que sabiam que serviriam como bucha de canhão? Na verdade, em uma eleição, não sabemos muita coisa. Principalmente o eleitor, que é manipulado e enganado por candidatos que compram seus votos e depois vendem seus valores.
Ser eleito desonestamente não é vencer.
Vencer é perder virtuosamente.
E foi assim que eu perdi a minha primeira eleição.
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