À ordem

Ernani Spagnuolo

Advogado, Cientista Jurídico, Político e Social. Instagram: @uadvogado

Do que vale a vida?

Do que vale a vida, senão vivê-la por completo? Viver intensamente, de forma que nossos desejos e anseios sejam satisfeitos?


Mas será que aquilo que desejamos está sempre alinhado ao que os outros desejam? Talvez, se pararmos para refletir, perceberemos que, muitas vezes, buscar a nossa felicidade interfere na felicidade alheia.

E aí surge a pergunta: como equilibrar as frustrações do dia a dia, quando nossos desejos esbarram nas vontades dos outros? Como lidar com o que nos contraria e, ainda assim, contribuir para a alegria de quem está ao nosso redor?

Talvez o segredo, tão buscado e vendido em tantos formatos, seja mais simples do que imaginamos: priorizar o que realmente importa.

Tentar abraçar tudo nos faz perder o que é essencial. E o que importa, no fim das contas, são as pequenas coisas. Aquilo que ninguém nota, mas que está ao nosso alcance resolver.

Você já viu o filme ‘Na Natureza Selvagem’? Ele conta a história de alguém que abandonou tudo para encontrar sentido na simplicidade da vida. Baseado em um livro, o filme tem uma trilha sonora incrível do Eddie Vedder e um mantra que ressoa profundamente: a felicidade só é real quando compartilhada.

Essa ideia encontra eco em Henry David Thoreau, o escritor que inspirou o protagonista a buscar a natureza como refúgio.

Thoreau escreveu:

“As grandes vitórias e os princípios são muito difíceis de se apreciar. Duvidamos da existência deles com facilidade. Logo os esquecemos. Mas são a mais elevadas das realidades. A autêntica colheita da vida cotidiana é tão intangível e indescritível como os matizes da manhã e da noite. É como pegar um pouco de poeira das estrelas ou o fragmento de um arco-íris.”

Essas palavras nos lembram que o que há de mais precioso na vida muitas vezes é sutil, quase imperceptível. E, ainda assim, a felicidade é algo profundamente íntimo.

Compartilhamos apenas fragmentos do que sentimos. Por outro lado, a tristeza parece perder força quando dividida, quase como se fosse diluída no outro.

Mas a responsabilidade de cuidar de nós mesmos nunca deixa de ser nossa. Cada um deve se amar antes de amar os outros. Cada um deve lidar com sua própria tristeza antes de esperar que outros a curem.

Deixe para trás o que te faz mal. No final, o que nos fere é apenas aquilo que permitimos atingir o nosso íntimo.

Vivemos em tempos de egoísmo, onde o “eu” muitas vezes supera o “nós”. Então, vale a reflexão: você é egoísta ou altruísta?

Este texto pode parecer sem pé nem cabeça, mas não é apenas isso. É o chamado para você olhar para dentro, repensar suas prioridades e encontrar o que realmente importa na sua vida.

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