O alerta sobre a febre oropouche não foi em vão, após as primeiras mortes anotadas no Brasil, na semana passada. O país, por sinal, foi o primeiro a registrar óbitos em decorrência dessa doença, causada pela picada de um mosquito. Agora, é Minas Gerais que está sob cuidados: o número de casos teve alta de 77% no estado nas últimas duas semanas, saltando de 83 testes positivos para 147. Dados do governo indicam que Joanésia, na região do Vale do Aço, é a cidade com maior número de notificações: 96.
A curiosidade, que não deixa de ser um alerta, se dá pelo fato de, até o ano de 2023, Minas Gerais não ter computado nenhum caso da doença. Os primeiros quatro casos anotados no estado foram em maio de 2024, nos municípios de Ipatinga, Gonzaga e Congonhas. Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, ainda não foram registrados casos da arbovirose na capital mineira. Até ontem (31), foram notificados 144 diagnósticos somente no Vale do Aço, o que equivale a 97% dos casos registrados em Minas.
Os municípios que confirmaram os casos são: Congonhas (1), Coroaci (1), Coronel Fabriciano (30), Gonzaga (1), Ipatinga (3), Joanésia (96) e Timóteo (15). Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, foi implantada em Minas Gerais a Vigilância Sentinela da Febre de Oropouche, com unidades sentinelas em todas as Unidades Regionais de Saúde e envio regular de amostras à Funed para testagem.
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SINTOMAS
A febre Oropouche é uma doença viral. O vírus Orov é transmitido, principalmente, por meio da picada de um mosquito conhecido como maruim (Culicoides paraensis), bem como por espécies do mosquito Culex. No Brasil, o vírus foi isolado pela primeira vez em 1960. O ministério explicou que a febre oropouche pode ser confundida com a dengue. A doença evolui com febre de início súbito, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular) e artralgia (dor articular).
Outros sintomas como tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos também são relatados. Os sintomas duram cerca de dois a sete dias. Mas, até 60% dos pacientes podem apresentar recorrência dos sintomas, após uma a duas semanas a partir das manifestações iniciais. A maioria das pessoas tem evolução benigna e sem sequelas, mesmo nos casos mais graves. Até o momento, não há tratamento específico para a febre oropouche. A terapia atual apenas alivia os sintomas.
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