Clélio de Faria, o Ti-Pedro, patense, torcedor fanático do Mamoré, é grande amigo de longa data.

Hoje, residente em Goiânia, ao ler a minha ‘História de um milagre’, publicada na Sou Patos no dia 23/05/24, onde escrevi: “Até hoje não sei porque era o Padre Eustáquio o privilegiado em receber as orações”, o amigo Ti-Pedro enviou-me este emocionante texto, em que registra um dos milagres do Padre:

Padre Eustáquio foi um grande missionário religioso, de nacionalidade holandesa, que peregrinou, durante muitos anos, por diversas cidades do nosso país.

Seu trabalho foi extraordinário e reconhecido por uma imensa legião de fiéis. Vários milagres lhe foram atribuídos. Foi beatificado pela igreja católica, em 2007, e considerado, naquela época, como verdadeiro Semeador da paz e da saúde. Faleceu em 1943, vítima de uma picada de carrapato.

Sua atuação foi mais intensa em Poá (região metropolitana de São Paulo), Araguari, Romaria (antiga Água Suja), Iraí de Minas e Belo Horizonte.

Na capital mineira, o bairro Padre Eustáquio foi designado como uma homenagem da cidade aos seus relevantes serviços e ações de verdadeira caridade.

A igreja Sagrados Corações, cuja pedra fundamental foi lançada por ele, hoje, é mais conhecida pelo próprio nome (Padre Eustáquio). Ao lado dessa igreja, foi construído um lindo memorial, no qual se encontram depositados relíquias e os restos mortais desse querido missionário.

Para finalizar, permita-me externar meu testemunho particular sobre o Padre Eustáquio: em 1944/1945, fui infectado pelo poliovírus, responsável pela poliomielite, mais conhecida naquela época, como paralisia infantil. Meu estado físico era deplorável. Nem sentado eu conseguia-me manter. Ao longo de quase dois anos, por mais que se empenharam os meus pais, nenhuma melhora era alcançada pela medicina convencional.

Minha mãe Estela, católica fervorosa, decidiu, então, fazer uma novena para o Padre Eustáquio. Antes de terminar a novena, eu já dava alguns sinais positivos, mexendo um pouco com o corpo.

No dia que ela terminou a novena, ao chegar em casa, a minha tia gritou: “Estela, venha ver, o Clélio conseguiu ficar de pé!”  Aí a minha mãe, com toda fé do mundo, rogou: “Padre Eustáquio, pega na mão do meu filho e o ajude andar”. Resultado: dei cinco passos cambaleantes mas, até hoje, embora com dificuldades, nunca mais deixei de andar. Graças a Deus e ao Padre Eustáquio!