
Os dados fazem parte da pesquisa TIC Domicílios, que completa 20 anos de análise.
Nas residências em áreas urbanas do Brasil, 85% têm acesso à internet. Nas áreas rurais, o índice é de 74%. Os dados fazem parte da pesquisa TIC Domicílios, realizada pelo Centro Regional para o Desenvolvimento de Estudos sobre a Sociedade da Informação, vinculado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil. Neste 2024, o estudo completa 20 anos.
A série histórica sobre acesso a tecnologias da informação em domicílios e suas formas de uso pela população com 10 anos de idade ou mais, apresenta um retrato da transformação da conectividade no Brasil, considerando que em 2005 apenas 13% das residências em áreas urbanas, por exemplo, tinham acesso à rede. Outro dado aponta que, há 20 anos, 24% dos habitantes de áreas urbanas eram usuários da rede. Agora, o índice alcança 86%, ou um total de 141 milhões de pessoas conectadas ao ambiente digital.
Se considerado o conceito ampliado de usuário de internet, que abarca quem informou não ter acessado a rede, mas realizou atividades online pelo celular, o índice sobe para 90%. “Em seus anos iniciais, a pesquisa investigava exclusivamente domicílios e usuários de áreas urbanas. Agora, a comparação foi feita com base nesse recorte”, explica o órgão realizador da pesquisa.
Em duas décadas a coleta de dados revela que o país passou de um a cada oito domicílios com internet, para sete a cada oito domicílios conectados. A forma de acesso também mudou: em 2008, usuários se conectavam mais via lan houses ou internet cafés e utilizando computadores. Atualmente, quase todos se conectam de seus domicílios utilizando um smartphone.
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DESIGUALDADES
Apesar dos avanços, a pesquisa revela desigualdades. Enquanto a internet está presente em 100% dos domicílios de classe A, o índice é de 68% nos lares das classes D e E. Além disso, de um total de 29 milhões de não usuários da rede, 24 milhões moram em áreas urbanas, 22 milhões têm até o ensino fundamental, 17 milhões se declaram pretos ou pardos, 16 milhões pertencem às classes D e E, e 21 milhões vivem nas regiões Sudeste (12 milhões) e Nordeste (8 milhões).
Os dados mostram ainda desigualdades na qualidade do acesso à internet. Segundo o indicador de conectividade significativa criado pelo órgão realizador da pesquisa, que inclui fatores como custo e velocidade da conexão, presença de banda larga fixa nos domicílios e acesso por múltiplos dispositivos, apenas 22% dos indivíduos com 10 anos de idade ou mais no Brasil têm condições satisfatórias de conectividade.
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