Ainda não chegou o momento de cessar a greve nas universidades federais em Minas e no Brasil. Mesmo após o Governo Federal ter se reunido com representantes do funcionalismo público na última sexta (14), os professores de universidades e institutos federais decidiram manter a paralisação dos trabalhos, que já alcança dois meses, em 61 unidades de ensino do país. Em Minas, atualmente são 10 instituições em greve.
As propostas apresentadas pelo Governo Federal continuam não satisfazendo a classe, que busca melhores condições para a educação pública federal, de reajuste salarial e de melhorias no plano de cargos e carreiras. O governo Lula (PT) apresentou plano de reajuste de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026 para docentes. Em relação aos técnicos, um possível acordo prevê 9% em janeiro de 2025 e 5% em 2026.
Entretanto, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior pede recomposição salarial de 3,69% ainda em 2024, além de 9% em 2025 e outros 5,16% em 2026. Para esta semana, as propostas do Governo serão avaliadas em assembleias nas universidades, para que os professores decidam se são suficientes para encerrar a greve. Contudo, a expectativa é que haja recusa da oferta e a continuidade da pressão por melhorias salariais.
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EM MINAS
Em Minas, a paralisação foi deflagrada em 11 instituições: as universidades federais do Triângulo Mineiro (UFTM), de Juiz de Fora (UFJF), de São João del Rei (UFSJ), de Viçosa (UFV), de Minas Gerais (UFMG), de Ouro Preto (UFOP), de Uberlândia (UFU) e de Lavras (UFLA), o Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET-MG), e os institutos federais de Minas Gerais (IFMG) e do Sul de Minas. Dessas, somente a UFMG retomou as aulas em 5 de junho.
Diante dos fatos, o Governo lançou um Programa de Aceleração do Crescimento destinado às universidades federais com um investimento previsto de R$ 5,5 bilhões. Declarou ainda que haverá aumento nos recursos para as instituições federais, totalizando R$ 400 milhões. Desse montante, R$ 279,2 milhões serão destinados às universidades e R$ 120,7 milhões aos institutos federais. Com isso, o orçamento para 2024 das instituições de ensino atinge R$ 6,38 bilhões, superando os R$ 6,26 bilhões de 2023.
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