Números foram levantados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, do Governo de Minas.
Recentemente, abordamos dados da violência contra médicos a nível nacional, em análise feita pelo Conselho Federal de Medicina: a cada três horas, um profissional é vítima de violência enquanto trabalha em um estabelecimento de saúde pública ou privada no Brasil. Agora, o dado divulgado fecha a lente em Minas Gerais, em estudo feito pelo Governo do estado: Minas anota média mensal de 995 episódios de violência em serviços de saúde por mês. De janeiro a agosto deste ano, foram 7.961 infrações anotadas.
Números levantados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, os quais revelam o quão violento está, na atualidade, o ambiente de trabalho dos profissionais da área da saúde, tanto no estado, como no país. Cenário a retratar o contraste vivenciado: enquanto de um lado há a expectativa de pacientes e seus familiares receberem atendimento rápido; do outro, estão os profissionais da saúde relatando o cansaço da rotina, mais o receio de sofrerem agressões, verbais ou físicas.
Ao longo de todo ano passado, o estado contabilizou 11.382 ocorrências de violência no âmbito da saúde, números esses mais elevados que os de 2022, quando foram 10.206. Segundo a legislação, desacatar servidor público no exercício da função ou em razão dela é crime conforme o artigo 331 do Código Penal. A pena é detenção de seis meses a dois anos ou multa.
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AGRESSÕES A MÉDICOS
Dados do Conselho Federal de Medicina indicam que, a cada três horas, um médico é vítima de violência enquanto trabalha em um estabelecimento de saúde pública ou privada no Brasil. O levantamento, divulgado este mês, foi feito com base em boletins de ocorrência registrados em delegacias de polícia civil de todos os estados brasileiros entre 2013 e 2024.
Foram contabilizados, ao todo, 38 mil boletins de ocorrência em que médicos aparecem como vítimas de ameaça, injúria, desacato, lesão corporal e difamação dentro de unidades de saúde, hospitais, consultórios, clínicas, prontos-socorros e laboratórios. Segundo o levantamento, 47% desses registros são contra mulheres. Há, inclusive, registros de mortes suspeitas de médicos dentro de estabelecimentos de saúde. Detalhe: 66% dos casos de violência ocorrem em municípios do interior do país.
São Paulo, que tem o maior número de registros médicos do país (26% do total), anotou quase a metade dos casos de violência em termos absolutos – 18 mil dos 38 mil contabilizados. Já o Paraná, quinto estado com a maior quantidade de médicos, figura em segundo no ranking de violência: 3,9 mil casos. Em terceiro lugar está Minas Gerais, segundo estado com o maior número de médicos do Brasil: são 3.617 boletins de ocorrência envolvendo esse tipo de violência, sendo 22% deles em Belo Horizonte.
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