Advogada, especializada pela Faculdade CNA – Confederação Nacional da Agricultura – em parceria com o IBDA – Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio – em Direito e Economia nos Sistemas Agroindustriais e com formação executiva em frentes ligadas ao Direito do Agronegócio e Cadeiras Produtivas, Operações Estruturadas e Finanças Verdes pelo INSPER, Uqbar e IBDA e Unipam. Sócia SantOliveira Advogados. Sócia e Analista Convidada Canal Multiplataforma 100Porcentoagro. Membro Comissão Agro OAB/MG. Membro LACLIMA. Secr. Adj. OAB/MG 45ª Patos de Minas.
Recentemente descobri que viajar sozinha é, no mínimo, incomum… Apesar de tanta gente dizer e aconselhar sobre isso, não me pareceu que as pessoas fazem isso com frequência, inobstante, na teoria, ser algo normal ou natural, já que, salvo os gêmeos, viemos ao mundo em carreira solo.
Pois bem… Que seja incomum, afinal, já aceitei que sou e faço coisas que a maioria não chamaria de padrão.
Vou contar aqui uma pequenina fração do que significou minha última viagem nesse formato, digamos, avulsa.
Tenho costume de viajar mais perto sozinha, pegar estrada sozinha, essas coisas, mas mais longe, ainda não tinha tido a experiência. Apesar de ser a rainha das expectativas (sol em sol – entendedores entenderão!), acabei não projetando muita coisa pra viagem, já que planejava ir com algumas amigas que, no fim das contas, não foram. Outra opção, um dos meus melhores amigos que se propôs a ir e, no fim das contas, achou que não valeria a pena gastar seus preciosos pontos do cartão indo pra Floripa… Segundo ele, #alanseminsta, as companhias estavam cobrando o correspondente a New York, então, lamentava, mas deixaria nossa viagem juntos pra essa oportunidade.
Tudo bem, eu já tinha entendido tudo, afinal… acredito que as coisas acontecem como tem que ser. E no fim das contas, eu precisava acertar algumas contas comigo mesma, precisava de um tempo sozinha, precisava viver o que me aguardava.
No fundo eu queria viajar, mas o que eu não queria mesmo era passar o fim de semana em que eu me casaria passando em frente à Catedral e, inevitavelmente, imaginando coisas e curtindo uma bad… Não, isso eu não faria. Então, bora pra Floripa-SC, acompanhada ou sozinha. Partiu!!
O que eu não podia imaginar com exatidão e no mais alto grau de projeção que se possa dar era que encontraria paisagens paradisíacas, lugar receptivo, pessoas acolhedoras, comida gostosa e experiências incríveis.
Foi assim durante todos os dias. Tinha alugado um apartamento no Aribnb, que serviria pra todas as minhas companhias de viagem e, no fim, acabei ficando com ele todo pra mim. Curti o espaço, preparar meu café podendo saborear minha crepioca campeã ao lado de mim mesma.
Eu estava hospedada no sul da ilha, no Novo Campeche e, no primeiro dia de praia resolvi subir um pouquinho na costa, permanecendo ainda no sul. Mal tinha saído de casa já senti a energia que Floripa emana.
É sério, isso eu tenho que te dizer, Floripa é um lugar muito especial. Não tem lado que você olhe que não tenha algo com o que se encantar. Você tem muito mar, lagoas, muitas montanhas, muitas vistas incríveis, você tem até cachoeira!! Pensa só… É Minas com mar. Brincadeira! No mínimo faltou queijo, cachaça, torresminho, pão de queijo, doce de leite, nossa culinária… Ah, faltou o agro também, né?! E, claro, o mineiro… Mas eu estava lá pra representar, então sigamos!
Eu não me senti sozinha, mesmo passando a maior parte da viagem sozinha. Não sei você, mas a natureza me oferece uma reconexão comigo mesma que não sei explicar. Ela preenche, ela sublima. É impossível não ser grato à vida estando em meio à natureza. Ela é cura e paz.
E Floripa oferece muita natureza e sabe o que é melhor?! Segurança. Tudo bem que Deus deixou cair mais coragem do potinho dEle ao me fazer, mas a verdade é que eu me senti segura e empoderada fazendo trilhas sozinhas, desbravando sozinha, pegando o carro e atravessando o sul da ilha, indo a praias e lugares paradisíacos.
As mulheres vão entender o dito acima porque às vezes não basta ter coragem, é preciso ter viabilidade pra fazer certas coisas sendo do sexo feminino. Infelizmente… Essa é uma verdade cruel. E em Floripa eu encontrei a viabilidade. O único recado mais certeiro que eu recebi é “não vá sozinha à praia à noite”. Pronto, ouvi, entendi, não compreendi, mas aceitei. Vida que segue. Daqui a umas três gerações, minha tataraneta vai à praia sozinha à noite… (sem comentários)
No mais, eu fiz o que deu pra fazer nas pequeninas frações de tempo em Floripa, razão pela qual já tenho que agendar a volta pra cortar a ilha de norte a sul e, claro, me permitir conhecer o norte.
Quem me conhece sabe… Vou do salto alto ao roots em menos de dez segundos! Consigo transitar bem nos dois mundos, mas meu coração é mesmo da natureza. Então… o sul da ilha arrebatou meu coração. Se você não conhece Floripa, vou te contar. No norte tem Jurerê, praias mais urbanas, os beach clubs badalados, etc, além do que não faço ideia que possa ter já que não botei o pé lá!! No sul você tem praias mais selvagens, lugares que só se tem acesso por trilhas na mata ou via mar, de barco. No sul você tem uma vibe de surf que é encantadora. No sul tem uma energia atrativa. Senti mais significado. E por isso de lá não saí.
E ainda no sul, mas botando só um pezinho no centro, conheci um restaurante japonês com vista pra Ponte Hercílio Luz, cartão postal de Santa Catarina. É um restaurante, mas também é balada. Você senta no balcão, deixa o sushiman preparar seu prato enquanto degusta altos drinks e curte um DJ ao fundo. Mais tarde, a galera se levanta, a pista se anima e o restaurante se transforma numa baladinha muito gostosa. Vale a experiência.
E claro, Pauliane sendo Pauliane, Floripa oferece a oportunidade incrível de conhecer pessoas. Seja pra aproveitar a ilha com você, seja pra trocar e ‘construir’ ideias (rsrs), seja pra fazer trilha e formar uma bela equipe (alô, galera de Curitiba e São Paulo), seja pra ser gentil, seja pra curtir o jantar de renomado chef surfista polaco, seja pra conhecer engenheiro e advogado pagodeiros (creio em Deus Pai, meu samba no pé chora), seja pra fazer negócios milionários com meus novos parceiros gaúchos (a primeira call de negócios já tem dia e hora marcada – haha), seja pra conhecer a família incrível do Bar e praia mais roots Lagoinha do Leste (Beyonce, Mari e Kauê), seja pra ver um show incrível de jazz e blues (alô, Gustavo Soul – agora sou sua fã) e ainda palestrar e falar de agro duas horas (Gustavo sofreu, coitado). Tudo começou quando ele me contou que ilustrou um livro de agroecologia!!! A partir daí ele colocou no modo avião e fez cara de paisagem pra eu poder falar do tema que mais amo! Brincadeira, não só Gustavo, mas todas essas pessoas e tantas outras que não relatei e encontrei em Floripa fizeram essa trip, em conjunto com o que contei aqui e tudo que não contei, se tornar simplesmente inesquecível.
Então, meus amigos leitores, é de coração e por também não estar cabendo aqui dentro, o quanto certas experiências nos agregam e nos fazem encontrar o melhor de nós mesmos, é que escrevi pra vocês contando tantas coisas.
Se permitam, se encorajem, se joguem na vida. Só temos o hoje. E podemos TANTO. Façamos o favor a nós mesmos de aproveitar as frações de vida que se apresentam. Que façamos da vida algo com sentido. Se é trabalhar que você gosta, trabalhe. Se é viajar que você gosta, viaje. Se é conhecer pessoas que você gosta, se permita. Tenha verdade e responsabilidade consigo mesmo e, faça um favor pra você e pra todos: não exista, VIVA.
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