Educação

Universidades federais decidem pelo fim da greve após mais de 2 meses de paralisação

Acordo com o governo deve ser assinado esta semana e retorno das aulas ainda não tem data certa.

Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo

decisão foi tomada na noite de ontem, 23. As universidades federais decidiram pelo fim da greve, que teve início em abril e durou 69 dias. No entanto, essa interrupção não significa o retorno imediato às aulas. A Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes-SN) anunciou que assinará o acordo proposto pelo governo, o que deve acontecer nesta quarta, 26. O intervalo estipulado pela associação para as universidades retomarem as atividades é entre o dia da assinatura e 3 de julho.

 

decisão de encerrar a paralisação se deu pelas universidades e pelos institutos. Falta, agora, a federação que representa os técnicos administrativos também concordar. Em Minas, 11 instituições tiveram os trabalhos paralisados: as federais do Triângulo (UFTM), Juiz de Fora (UFJF), São João del Rei (UFSJ), Viçosa (UFV), Minas Gerais (UFMG), Ouro Preto (UFOP), Uberlândia (UFU) e Lavras (UFLA), o Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET-MG), e os institutos federais de Minas Gerais (IFMG) e do Sul de Minas. Dessas, somente a UFMG havia retomado as aulas em 5 de junho. 

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PROPOSTA DO GOVERNO

 

Segundo apurado, das 57 universidades vinculadas à Andes-SN que aderiram à greve, 30 já haviam sinalizado pelo seu encerramento. Até a sexta passada (21), 12 delas tinham voltado às aulas ou estipulado uma data para o retorno. O movimento indicava o desejo da classe de aceitar as propostas do governo. A categoria pedia reajuste de 3,69% em agosto de 2024, correspondendo ao índice acumulado do IPCA ao longo de 12 meses até abril de 2024, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio de 2026. 

 

Pelo lado do governo, a avaliação é a de que a negociação salarial foi resolvida por meio de um acordo firmado com o Sindicato de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes). As conversas, portanto, se resumiriam somente em pautas não envolvendo questões salariais. Entre essas medidas, o governo propôs encerrar a portaria que estabeleceu aumento da carga horária mínima a ser cumprida pelos docentes em sala de aula.

 

Além disso, o fim da obrigatoriedade do controle de frequência por meio de ponto eletrônico. O governo ainda ofereceu o fim da instrução normativa que limita promoções e progressões de docentes. Para encerrar a greve dos técnicos administrativos, o governo sugeriu uma tabela de reajuste a partir de 2025, além de progressão na carreira por Reconhecimento de Saberes e Competências. Pela questão salarial, os aumentos seriam de 9% em 2025 e de 5% em 2026. Sem reajustes imediatos em 2024. 

  

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