Uma vantagem: o Brasil será o primeiro país a oferecer a vacina contra a dengue na rede pública. Uma desvantagem: apenas 10% do total de municípios brasileiros irão receber doses do imunizante. Essa é uma realidade nacional, e o Ministério da Saúde explica da seguinte forma: “a restrição na cobertura vacinal se deve à baixa capacidade na produção do imunizante pelo laboratório japonês Takeda Pharma”.

No ano passado, o Brasil bateu recorde de óbitos pela dengue, com 1.096. Este ano, o número de casos computados já é o dobro, se comparado ao mesmo período de 2023. Em Minas Gerais, segundo os dados anotados até ontem (29), o estado acumula 23.389 casos confirmados de dengue, 6.206 de chikungunya e um de zika. O total de 29.257 dá, em média, 1.020 ocorrências das arboviroses atestadas por testes laboratoriais diários, ao longo do mês.

Duas mortes estão confirmadas, sendo uma provocada pela dengue e outra pela chikungunya, porém o número deve ampliar rapidamente, tendo em vista o montante a ser verificado. Os óbitos em investigação cresceram de 14 no boletim do dia 22 para 35 no documento de ontem. Entre eles, um que chegou a ser confirmado na última sexta, mas voltou para análise. Há ainda dois óbitos relacionados à febre chikungunya em investigação.